Ministério Público de Contas requer auditoria sobre políticas públicas para povos indígenas e teme tragédias na Paraíba semelhante ao caso Ianomâmi
O Ministério Público de Contas pede que seja realizada uma auditoria nas políticas públicas transversais dirigidas aos indígenas, envolvendo dimensões como educação, saúde, infraestrutura, agricultura familiar, meio ambiente, cultura, trabalho e renda, segurança pública, direitos humanos, assistência social, entre outros aspectos, a cargo das esferas de poder municipais e estadual.
O pedido fundamenta-se nos artigos 231 e 232 da Constituição Federal e na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho. “Para que não se repita em nosso Estado a tragédia Ianomâmi e, no futuro, não se venha a falar em omissão do Tribunal de Contas sobre a tormentosa questão indígena, é oportuno que a Corte mobilize os seus competentes técnicos para radiografar as políticas públicas municipais e estaduais que são dirigidas aos povos originários em nosso Estado” - registrou o MPC no requerimento encaminhado à presidência do TCE da Paraíba.
Ainda no requerimento, consta os fatos que estão sendo apontados indicam a ocorrência de mortes de membros de comunidades indígenas yanomami em grande quantidade, em circunstâncias que revelam falta de acesso a alimentos e falta de acesso a medicação, em razão da presença de terceiras pessoas contaminando os rios, afastando suas caças e, como consequência, gerando para os índios dificuldades de manutenção das suas existências.
"É importante registrar que a história da Paraíba é profundamente marcada pela presença indígena, desde o próprio topônimo do Estado. Basicamente, o litoral norte paraibano é o berço da etnia Potiguara, enquanto que o litoral Sul, é a morada da etnia Tabajara. As políticas públicas dirigidas aos indígenas são transversais e multidisciplinares, envolvendo dimensões como educação, saúde, infraestrutura, agricultura familiar, meio ambiente, cultura, trabalho e renda, segurança pública, direitos humanos, assistência social, entre outros aspectos, a cargo das esferas de poder municipais, estadual e federal", lembra documento.
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